Por que Lírios?

Bem, não sou escritor e não acredito que escreva bem, mas algumas vezes as palavras me vem, eu gosto, deixo fluir... E naturalmente, como água, elas inundam as paginas, as vezes com flores, as vezes com fogo. Ao meu ver sempre com delírios.

Me pediram para compartilhar meus delírios. Pois bem, ai vai aos interessados.

Já adianto a todos os que pretendem se aventurar junto as minhas letras, oque estiver escrito, foi, sem duvida, escrito por algum motivo mas não necessariamente para alguém, não necessariamente por alguém, pois como eu disse, apenas flui. Então, não pense que foi escrito para você, não pense que a culpa foi sua, leia, apenas leia, da mesma forma que se admira flores, observe, goste ou não, mas não se pergunte por que ela esta ali, porque possui estas cores e não outras, não pergunte quem as plantou ou quem as colherá.
Outra observação, os textos que irei postar não possuem nenhuma cronologia... então... não pense também que é um quebra-cabeças, pois, se fosse, estaria faltando diversas peças.

Então, a terra já esta arada, é hora dos lírios.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Animal de estimação

Dentre sorrisos e gracejos, eu sinto, eu choro, eu me escondo e me visto.

Meus trajes de seda esvoaçante em cores espalhafatosas, meus trejeitos afetados e excessivamente corteses. Sou um homem de riso fácil, de boa fala e fácil entendimento. Um perfeito cão lambedor de feridas. Sou oque precisarem que eu seja. Sou oque convir. Mas não sou oque eu quero ser, não sou oque sou.

Este ninguém quer. Envergando cores frias e corte simples, um simples ser pensante. Não fala sem ser convidado. Não sorri de qualquer idiotice. Outro cão, ao ver da maioria, um cão raivoso, perigoso e hostil. Inconveniente. Indesejado. Natural. Mas nunca o entendem, este não é raivoso, nem hostil e passa longe de representar perigo para alguém. Este é puro sentimento, este pensa, repensa e trepensa oque diz e oque dizem. Este ama a todos. Este admira a tudo. Este é um servo do ato de observar e um amante do pensar. Este chora abertamente, não tem medo. É o cão fiel, quase insano, é chutado mas fica a espreita ainda guardando seu dono, ainda aguardando um afago de seu mestre...

Este é o cão que eu guardo, que eu aguardo alguém para trata-lo.

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